LIBÂNIO DERRUBA MAIS UM

Esta aconteceu no auditório da Escola. Quando o Delegado se esparramou no chão, caindo da cadeira quebrada, imagina quem se encontrava logo atrás? O concorrente, motorista-mor, chefe da muafa, Sílvio Libânio. Alguém teria dúvida sobre quem serrou o pé da cadeira?


Quem sabe quantas mutretas
Sílvio Libânio aprontou?
É esse um dos motivos
Porquê não se aposentou:
Pregar peças nos colegas
Desde que aqui entrou.

Desde a mais tenra infância,
Mostra predileção
Por dar rasteiras nos outros
E também pra rufião,
Derruba qualquer oponente
Em qualquer competição.

Aqui nesta Escola,
Mecânico e motorista
Tem que se submeter,
Calar, baixar a crista.
Para escapar do Libânio
Tem que ser muito artista.

Garrinha e Zé Bigode,
Excelentes motoristas,
Carioca, Mané Gandaia,
Mecânicos e eletricistas,
Logo foram rebaixados
A reles reservistas.

Que o “Delegado” se cuide,
Não ande na contra-mão.
Faça aliança com o Sílvio,
Fuja da competição,
Para evitar tombo maior
Que o que levou no Salão.

Quem ainda duvidar,
Tire a prova de primeira,
Converse com o Lobinho
Vetado em sua carreira
De jogador de futebol
No Time do Cabeleira.

“El Cornero”

SE MEU FUSCA FALASSE











A composição abaixo, uma das muitas brincadeiras que fazíamos naqueles tempos, conta um fato narrado pelo colega CERINHA, hoje aposentado, sobre o seu primeiro automóvel. Anos oitenta... Verdade? Mentira? Dele ou nossa?
Na conjuntura da crise,
Na balbúrdia econômica,
A filosofia dinâmica
É fugir da inflação.
No seio de toda verdade
Há pontinhas de mentira,
Mas veja quem é que tira
Verdade deste refrão.


Há, contudo, otimismos
Dentro da nobre ciência,
Fator de “comprofodência”
Mecânica da economia.
Vejam só que fato raro,
Raias da incongruência:
É fuga da coerência
Crer no amigo CERINHA.


Disse o nobre colega
Sem nenhum constrangimento
Pensando que sou jumento
Para de fato acreditar.
No ocultismo da verdade,
Ofuscando o raciocínio:
- Olha bem, seu menino,
Meu fusca não gasta para andar!


- Ida e volta a Jataí,
Quilômetros, mais de duzentos,
Meu fusca, ao sabor do vento
Só cheirou a gasolina.
Sete litros, ida e volta,
Foi só o que ele gastou,
Sem contar o que evaporou
E o que escorreu da turbina.


- Fui e voltei da Bahia
Com apenas quatro litros.
- Algo mais que esquisito,
Impossível acreditar.
- Porém, lhes digo, é verdade!
Sem platinado e bobina,
Movido só com a buzina
Andou três dias sem parar!


- Atentem bem para esse fato
Que ele diz ser verdadeiro,
Só que não convence “El Cornero”,
Cabeça dura de nascença.
Depois disso, o Tiãozinho,
Para contar suas histórias,
Não terá escapatória.
Terá que pedir licença.


“El Cornero”

"REPORTERESSO" NA ESCOLA




HISTÓRICO:
A personagem da composição não é ninguém mais, ninguém menos que o professor Cotta, nosso colega, hoje aposentado. Quem foi seu contemporâneo na vida ativa ainda pode se lembrar da sua eficiência em pesquisar notícias para repassar aos demais. Saudades daqueles tempos!


A Escola Agrotécnica
É privilegiada.
Tem notícia nacional
E notícia “importada”
Tudo ao vivo e a cores
No começo da jornada.

O nosso “REPORTERESSO”
Percorre os corredores
Toda manhã bem cedinho
Informando os servidores.
Só depois vai informar
Os animais nos setores.

Desde a mais tenra infância
Ele cumpre tal ofício.
Foi no jardim da infância
Que adquiriu esse vício:
Dar furos jornalísticos
Aos colegas e patrícios.

Melhor que o Cid Moreira
Locutor de televisão,
Reduz o Joelmir Beting
A vendedor de estação,
Deixa a Lílian Wityfibe
Boquiaberta, sem aço.

É entendido em ciências
E também em bruxaria,
Fez várias experiências
No campo da alquimia,
Transformou ouro em ferro
E água quente em água fria.

Nem rádio e televisão
Ou Diário Oficial
Superam a eficiência
Do nosso “Homem Jornal”.
Não há nada melhor
Na esfera federal.

Com “antena parabélica”
Capta os fatos da guerra.
Seu “sistema intelsat”
Cobre a vastidão da terra.
Traduz toda linguagem,
Mesmo daquele que berra.

Mas o nosso repórter
Não se prende à notícia.
Dá opiniões e comenta
Sempre com muita perícia,
Toda causa verdadeira
E também a fictícia.

Também fez experiências
Com a inseminação,
Entre espécies diferentes
Tentou a hibridação:
De uma preguiça e um tatu
Fez nascer um camaleão.

Bruxo ou cientista,
Repórter polivalente,
Em qualquer atividade
Ele está sempre presente
Dentro e fora do ofício
Para o qual é competente.

“El Cornero”