PROJETO DE IRRIGAÇÃO


Essa se deu com um nosso colega, professor de agricultura. Há exageros??? Claro!!! Mas, se não houvesse, onde estaria a graça?


Salve! Salve o Progresso!
Salve a tecnologia!
Salve todo o sucesso
Que a cultura propicia!
Salve os cabeças-chatas,
Mestres, autodidatas,
Doutores da engenharia!

Poderiam esses versos
Referirem-se a alguém?
São fictícios, garanto,
Mas, entretanto e porém,
Carapuça é para a cabeça
E por mais que ela cresça
Merece chapéu também.

Entre dois pares de orelhas
Há matérias diferentes.
Entre um há inteligência,
Entre outro ela é ausente,
É o que pude deduzir
Ao saber, ver e ouvir
Um projeto incongruente.

O autor desse projeto
Veio lá do Ceará.
Não é seu Chico, garanto,
Nem Bastião com três “K”.
Quem não acumula nem partilha,
Quem não nasceu em Forquilha,
Não pode ser o Francimar!

Visando a implantação
No CEFETE, de um projeto,
Ele foi a Iporá
Onde estudou o objeto.
Vai irrigar as culturas
Com “água-de-rapadura”
Aqui chamada CONCRETO.

Para tanto é necessário
Fazer a terraplanagem,
Aterrar todos os açudes,
Derrubar todas as barragens.
Sofrendo hidrocefalia,
Quer inverter a topografia
Para evitar a drenagem.

Ouvindo-o sobre o projeto
O chefe ficou assustado:
"Não toque mais nesse assunto.
Nem uma palavra. Calado!!!
Se 'El Cornero' te escuta,
Sai outra estória biruta
E daí tu tá lascado!"

“El Cornero”