Exterminando Raças

Quando fico encucado, acabo desabafando em quem não tem culpa e aceita tudo. O papel.
Ao longo de todas as gerações, desde os primórdios da humanidade, o homem tornou-se o extintor, a princípio inconsciente, de inúmeras espécies. Hoje, ele mesmo é uma espécie seriamente ameaçada.
Soube recentemente que há uma lei em vigor em alguns países, visando a extinção dos cães da raça Pit bull, por meio da inibição da procriação, via castração. Será que chegará ao Brasil? Sabe-se que já existe um projeto em andamento por parte da Câmara de Vereadores de Campinas – SP, neste sentido. E se chegar? Será cumprida? Surtirá algum efeito?
É aí que minha cuca fervilha. Neste país apenas quem não pode se defender “paga o pato”.
E porque apenas os cães?
E os cachorros?
Será que não deveríamos também criar e fazer cumprir leis castrando as matilhas daqueles que legislam em causa própria? E na mesma forquilha espremer os bagos de muitos magistrados, corporativistas juramentados que permitem a continuação das mazelas?
E os políticos, legisladores e administradores públicos que desrespeitam, descumprem as leis, privando os cidadãos direitos dos seus direitos mais básicos, através da malversação dos recursos, das fraudes, das maracutaias, dos conluios e todo tipo de mazelas?
E os médicos que se graduam sob juramento de mão estendida, que nos plantões dos prontos-socorros respondem ao que busca socorro perguntando, antes de mais nada: Já pagou a consulta? Antes jurassem de pés juntos porque não o fazem de mãos postas, como Hipócrates.
E muitos mestres que matam o tempo nas salas de aula, contando piadas sentados no canto da sagrada mesa do professor, como se palanque de hipócritas fosse, em vez de professar verdades necessárias e edificantes?
E os engenheiros que erguem “castelos de areia” para que desmoronem por si mesmos sobre as cabeças dos outros? Ou os que cavam túneis, viadutos, minas improdutivas a minar a boa fé, sob e sobre as cabeças dos contribuintes?
E os advogados das causas injustas, desumanas, que falseiam e mentem para inocentar culpados ou minimizar penas, devolvendo ao seio da sociedade a escória que, por opção, vive à sua margem e por conseqüência a enoja?
E os grupos de direitos humanos que não sabem o significado, nem conhecem a natureza do que é humano e do que é fera?
E os que roubam a vida, as perspectivas e o futuro a milhões, sugando, envenenando e poluindo o planeta inteiro?
Que tal fazer-se uso correto do instrumento natural, em nome de Deus, por meio da moral e da ética, e extirpar da face da terra, os elementos mentirosos, perniciosos e nocivos que infestam todas as raças?
Castremos os cães!
Mas, se não castrarmos também os cachorros, as estatísticas permanecerão as mesmas, com tendência a piorar. Para cada ser humano vitimado pelas mandíbulas de um cão, milhões de outros continuarão a morrer vítimas das presas e presas indefesas dos cachorros!
Meu filho tem uma cadela pit bull. O destino dela será continuar virgem e frustrada. Talvez, até por isso aprenda a morder. O destino do dono, entretanto, é não passar da dúvida para a certeza: ESTE REALMENTE NÃO É, NEM SERÁ NUNCA UM PAÍS SÉRIO!

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